Durante o Estado Novo, eram várias as dificuldades sentidas quer pela população em geral, quer pela mulher, em particular. As Instituições faziam por manter a ordem aparente, retratada pela imprensa, e calar as eventuais revoltas.
Aquando do 25 de Abril, Águeda era ainda uma vila, cujo concelho tinha sido criado o século XIX (1834), durante o processo de reforma administrativa incutido por Mouzinho da Silveira. Em todas as épocas as populações do concelho, souberam ultrapassar dificuldades e vencer desafios sempre com igual fervor e sem baixar os braços.
Ainda que a Ditadura permitisse o desenvolvimento industrial por via da economia de valorização interna, a progressão em termos internacionais, estava comprometida com a falta de abertura ao comércio internacional. No entanto a evolução quer da produção, quer dos salários foi- se notando ao longo dos anos, e no caso de Águeda, uma cidade com a indústria das ferragens tão sólida, eram fulcrais o investimento e a valorização dos trabalhadores. No caso das mulheres, a grande maioria, ainda se dedicava às lides domésticas e ainda, muito limitada a sua participação na vida social.