Testemunho de Duarte Santiago, combatente ilhavense em Angola.
Testemunho de Duarte Santiago, combatente ilhavense em Angola.
Testemunho de Duarte Santiago, combatente ilhavense em Angola.
1961
A Guerra Colonial no município de Ílhavo
Nas vésperas da Revolução
A Guerra Colonial dividiu a sociedade portuguesa, gerando protestos e debates sobre a legitimidade do império colonial e o custo humano da guerra. Cinquenta anos decorridos, o seu legado continua presente na memória coletiva portuguesa em geral, e na lembrança dos munícipes ilhavenses, em particular.
A guerra em África (1961-1974) teve consequências devastadoras para a sociedade portuguesa, sendo mesmo apontadas como umas das causas para o golpe militar do dia 25 de Abril de 1974.
O ano de 1961 foi marcado por um conjunto de ações de guerrilha perpetrados pela União dos Povos de Angola (mais tarde Frente Nacional de Angola) e pelo Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA). Este tipo de ação estendeu a outros teatros, Guiné (1963) e Moçambique (1964).
O conflito que se prolongou por 13 anos implicou um esforço de recrutamento massivo, provocou um elevado número de mortos, feridos de guerra e incalculáveis consequências sociais e psicológicas na sociedade da época.
O Município de Ílhavo não ficou imune a este conflito. A mobilização para o serviço militar conduziu muitos dos seus cidadãos para os diversos teatros de operações – Guiné, Angola e Moçambique. No total Ílhavo tem a lamentar 10 mortos na Guerra de África: na Guiné – os furriéis João Nunes Redondo e José Manuel Agualusa da Rocha, o Soldado Alfredo da Silva Amaral; em Angola – os Furriéis João Paulo Castro Corujo, Manuel Mário Rodrigues Barata e o 1.º Cabo José Ramos Casqueira; em Moçambique - o Alferes António Augusto Fernandes Vilão, os Furriéis António Duarte da Cruz Saraiva Peixe e Ernesto Juvenal Pereira Simões e o 1.º Cabo Manuel Nunes Marieiro.