25 Abril

1945
A Censura
  • Nas vésperas da Revolução
1945
A Censura
  • Nas vésperas da Revolução
Apesar das ações repressivas e de censura houve quem, em Albergaria-a-Velha, tivesse tido a coragem de manifestar opinião livre e para fomentar os ideias da liberdade. Como figura influente na região, não era grandemente censurado, mas em algumas ocasiões, o conhecido advogado albergariense Vasco Mourisca procurou, com a sua ação, o esclarecimento dos seus concidadãos, o que lhe chegou a valer alguma oposição e bloqueio de algumas das suas publicações.
Os meios de comunicação social são uma forma de fazer chegar à população portuguesa os seus princípios políticos, económicos e sociais, e podem ser usados para influenciar a visão da população sobre as suas medidas e ações.

No Estado novo, tudo o que circulava nos meios de comunicação, desde imprensa, a teatro, passando pela rádio e televisão era cuidadosamente avaliado e diligentemente censurado. A imprensa albergariense não escapou ao lápis azul da censura, e partindo das memórias do Dr. Vasco de Lemos Mourisca, ilustre advogado da cidade e fundador dos jornais “Beira Vouga” e “Arauto de Osseloa”, podemos observar este fenómeno. “Salazar estará convencido de que muda a maneira de pensar dos portugueses, através do lápis vermelho dos oficiais censores?” (1 de Agosto de 1945), é uma das perguntas que faz o Dr. Mourisca, indignado após mais um número do seu jornal voltar censurado, comentários contra a religião e a alusão do socialismo como caminho político civilizado não eram tolerados, mesmo os pensamentos sobre liberdade de Eça e simples críticas literárias tinham direito a serem vetadas. O Dr. Mourisca chegou a escrever um artigo extremamente controverso sobre a sua posição política condenando a censura, o qual nunca chegou ao leitor, no entanto, as suas tentativas publicação de versos a favor da liberdade mantiveram-se, umas com mais sucessos que outras.
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