25 Abril

Junho de 1974
Rodrigues Lapa – Arauto da Liberdade
  • Liberdade e Democracia
Junho de 1974
Rodrigues Lapa – Arauto da Liberdade
  • Liberdade e Democracia
Manuel Rodrigues Lapa, natural de Anadia, Filólogo, foi uma figura marcante em Portugal. Para além do seu trabalho ao longo da vida, ficou também conhecido pela sua tese de Doutoramento, «Das origens da poesia lírica em Portugal na Idade Média». Era conhecido pelos deus ideais democráticos.
Manuel Rodrigues Lapa nasceu em Anadia, no dia 22 abril de 1897.

Licenciou-se em Filologia Românica em 1919. Bolseiro em Paris, entre 1929 e 1930, aqui terminou a tese de doutoramento em Filologia Românica. Doutorou-se, na Universidade de Lisboa, com a tese «Das origens da poesia lírica em Portugal na Idade Média», dissertação que marcou várias gerações de estudantes e de professores.

Na década de 30 do século passado, diligenciou para que fosse aberto concurso para a cátedra, mas, não só a exigência da abertura do concurso de catedrático não foi satisfeita, como lhe foi negada a renovação do contrato. Os alunos universitários manifestaram-se em sua defesa e Rodrigues Lapa reentrou, por concurso, como professor auxiliar agregado. Contudo, um decreto do governo de Salazar demitiu-o compulsivamente de qualquer emprego público. Afastado do ensino, Rodrigues Lapa não voltaria a exercer docência em academias portuguesas. Entrou na carreira jornalística, como diretor de “O Diabo”, onde se manteve de 1935 a 1937, mas acabou por partir para o Brasil onde se dedicou ao ensino universitário e à investigação literária. Também lecionou na Galiza, a que se sentiu ligado por grande afeto.

Em 1949, já com alguma atividade na Oposição ao regime do Estado Novo, Rodrigues Lapa apoiou a candidatura de Norton de Matos. Esta posição valeu-lhe a prisão, pela PIDE, para averiguações. Foi enviado para a Prisão do Aljube, donde saiu em liberdade mediante pagamento de caução de uma verba elevada (20 mil escudos). Antes de ser preso deu uma entrevista ao “Diário de Lisboa”, que continha comentários pouco abonatórios sobre a situação política nacional.

Entre 1973 e 1974 entrou na direção da revista “Seara Nova”. Com o surgimento do Estado Novo, a publicação assumiu-se como uma das mais ativas no combate ideológico contra o salazarismo.

A Revolução de 25 de Abril de 1974 proporcionou-lhe o regresso definitivo a Portugal.
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