Como sucedeu um pouco por todo o país, as manifestações de regozijo pela vitória do Movimento das Forças Armadas foram, desde a primeira hora, espontâneas e festivas: logo a 26 de abril, em edição especial, o Jornal de Notícias dá conta de uma manifestação que, em Aveiro e saindo da Praça General Humberto Delgado (Ponte Praça), foi subindo a Avenida Dr. Lourenço Peixinho em direção à estação: “novos e velhos, estudantes e operários, abria com um grande cartaz onde se lia «Vitória» e uma grande bandeira nacional”; os manifestantes passaram, depois, pelo quartel de Infantaria nº 10, onde as largas centenas de pessoas saudaram longamente o comandante do regimento, o coronel João Dias dos Santos e, nele, todos os soldados que tinham deposto o governo de Marcelo Caetano, após o que desceram a Avenida, para terminar na Praça da República.
Dias depois, a 1 de maio, a Praça da República voltou a encher-se para receber os milhares de manifestantes que comemoraram, pela primeira vez em Liberdade, o internacionalmente consagrado Dia do Trabalhador, o 1º de maio (
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