A 4 de maio foi empossada a Comissão Administrativa Provisória da Câmara Municipal de Aveiro que procurou representar, desde logo, a diversidade económica e social do concelho: advogados e médicos, empregados de escritório, comerciantes, um publicista, um industrial, um lavrador e um operário.
/br> Na primeira reunião ordinária, logo a 7 de maio, duas propostas procuram traduzir o ambiente de Liberdade que se vivia. A primeira, do vogal Dr. Manuel da Costa e Melo, afirmava a necessidade de se proceder a justas homenagens, através da toponímia: assim, foi aprovado por unanimidade que a data de 25 de abril e o nome de Mário Sacramento, “[…] aquela como marco histórico de uma libertação, este como nome Ilustre de cabouqueiro da consciencialização cívica do povo da cidade, do distrito e de Portugal”, passassem a integrar a toponímia da cidade. De seguida, o “[…] Vogal Senhor João Sarabando referiu-se ao lançamento da primeira pedra para um monumento a erigir à Liberdade, que teve lugar por ocasião de uma cerimónia grandiosa, em 16 de Maio de 1928, integrada nos festejos comemorativos de um fasto dos maiores, senão o maior de Aveiro. […] a pedra manteve-se no local onde foi lançada, na placa central da Avenida do Dr. Lourenço Peixinho, no cruzamento das Ruas do Engº. Silvério Pereira da Silva e do Dr. Alberto Souto, tendo sido removida há poucos dias, em consequência das obras em curso na referida placa central”; foi recolocada no local a 16 de maio desse mesmo ano de 1974. /br>/br> O período de intenso trabalho que se seguiu, carregado de tensões e alegrias, apreensões e esperanças, resultou na construção do novo regime de que hoje podemos usufruir.