O profundo estudo da organização social, política, económica,... do país, inexistente e incomum até então na luta política, é a marca indelével que Mário Sacramento cunha e se mantém como princípio da organização dos Congressos: no primeiro (6 de outubro de 1957), são apresentadas 33 teses à Comissão, das quais 17 são lidas durante o dia de trabalhos e 18 chegam a ser publicadas. No segundo, que decorre de 15 a 17 de maio de 1969, e em que já não participa por ter falecido cerca de 2 meses antes (27 de março de 1969), são apresentadas e discutidas 70 teses.

Em 1973, o III Congresso da Oposição Democrática realiza-se de 4 a 8 de abril: com 8 secções diferentes, nele se apresentam e são discutidas 169 teses de congressistas de todo o país e das comunidades exiladas.

A capacidade de diálogo e de construção de pontes, permitiram que tecesse e mantivesse relações de amizade com diversos companheiros de áreas políticas diversas da sua; importava, apenas, o objetivo comum: a concretização de uma sociedade livre, justa e democrática.

Muito deste esforço era concretizado, por exemplo, na tertúlia que ele reuniu, informalmente e durante anos, no Café Trianon e por onde passou um alargado grupo de oposicionistas; daí «saíram […] muitas coisas boas e más, pequenas e maiores, iniciativas políticas…», culturais ou outras.