50 anos do 25 de Abril na Região de Aveiro

25 de Abril. E depois?
  • Liberdade e Democracia
25 de Abril. E depois?
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Em Ílhavo, o 25 de Abril foi recebido com discrição, sem grandes manifestações ou destaque na imprensa local. As estruturas municipais mantiveram-se estáveis até à transição gradual para um executivo democrático, que só tomou posse em 1977
O 25 de abril de 1974 marcou o fim do regime do Estado Novo em Portugal. Se nos grandes centros urbanos a notícia foi amplamente celebrada nas ruas, em Ílhavo, a imprensa periódica pouca referência fez ao golpe de estado ou a grandes manifestações nas ruas. O Ilhavense, na primeira edição após o golpe de estado, a 1 de maio, noticiou o levantamento militar bem-sucedido, referindo que se esperava que «seja uma nova era da vida nacional» e elencou as principais linhas do discurso do General Spínola. Nas atas camarárias verificamos que os órgãos municipais continuaram a funcionar normalmente. A primeira referência feita à Revolução de Abril, fez-se pela leitura de uma carta assinada por Senos da Fonseca, na sessão de 17 de maio de 1974, na qual o munícipe propunha a alteração de diversos topónimos. As estruturas municipais permaneceram, em grande medida, inalteradas. A Câmara Municipal de Ílhavo havia sido alvo de uma remodelação a 6 de abril de 1974, que resultou na substituição do Presidente, Dr. Amadeu Eurípedes Cachim, e do Vice-Presidente, Dr. Alcino Couto, pelo Major Luís de Almeida Bettencourt Viana e pelo Dr. Humberto Rocha, respetivamente. Mantiveram-se em funções os vereadores Capitão Manuel Ferreira da Silva, Luís Pedro da Conceição e os Professores José Cândido Ferreira Jorge e Mário de Jesus. A primeira alteração verificou-se na sessão camarária de 7 de julho de 1974, com a liderança da Comissão Administrativa a ser assumida pelo vereador mais antigo, Professor José Cândido Ferreira Jorge. Posteriormente, a 18 de novembro do mesmo ano, tomou posse uma nova Comissão Administrativa, presidida pelo Dr. Nelson Fontes Ribeiro, tendo como vogais Domingos Custódio Amador, Armando Abrantes Gouveia, Manuel Hernâni Crespo Dias e Dinis Sottomayor. O primeiro executivo eleito democraticamente tomou posse em janeiro de 1977, sob a liderança do Eng.º Manuel São Marcos Simões. Arlindo dos Santos Ribeiro e Silva assumiu o cargo de Vice-presidente, integrando ainda o executivo os vereadores Nelson Fontes Ribeiro, António Dias Lemos, António Bastos, Alfredo Ferreira da Silva e José Gonçalves Cruz.
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