A Guerra Colonial em Moçambique começou em 1964 com os ataques da FRELIMO, prolongando-se até aos Acordos de Lusaca, em 1974. Ílhavo lamenta a perda de quatro militares neste conflito, marcado por combates intensos e difíceis condições.
Em 1964 abriu-se uma nova frente de combate na Guerra de África – Moçambique. A 25 de setembro de 1964, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) fez os seus primeiros ataques nos distritos de Niassa e Cabo Delgado. Nesse mesmo dia, os líderes da FRELIMO declararam que a insurreição armada do povo moçambicano era a única via para terminar com colonialismo português. Em novembro, os guerrilheiros estenderam a sua ação a Tete.
As Forças Armadas conseguiram conter a ação da FRELIMO a estas regiões, de tal forma que, tal como em Angola, a guerra em Moçambique encontrava-se num impasse aquando do 25 de Abril de 1974, não se conseguindo militarmente antecipar um vencedor ou um derrotado declarado.
A solução do conflito foi alcançada a 7 de setembro de 1974, com a assinatura dos Acordos de Lusaca e que conduziram à independência de Moçambique.
Este foi um teatro de operações particularmente difícil para os ilhavenses. O Município de Ílhavo tem a lamentar 4 mortes. O Alferes António Augusto Fernandes Vilão, os Furriéis António Duarte da Cruz Saraiva Peixe e Ernesto Juvenal Pereira Simões e o 1.º Cabo Manuel Nunes Marieiro.
António Augusto Fernandes Vilão, Alferes miliciano, pereceu devido a doença que se manifestou no teatro de operações de Moçambique. O militar ainda foi evacuado para a metrópole, onde veio a falecer no Hospital Militar, a 18 de maio de 1966, com 23 anos de idade.
Nesse mesmo ano, a 26 de agosto, pereceu em combate, com 22 anos, o 1.º Cabo, Manuel Nunes Marieiro. O Furriel António Duarte da Cruz Saraiva Peixe faleceu em combate, a 28 de março de 1971, com 24 anos. O Furriel Ernesto Juvenal Pereira Simões pereceu aos 20 anos de idade, a 7 de maio de 1974, vítima de acidente.