O complexo mineiro das minas do Braçal, inclui as minas do Braçal, da Malhada e do Coval da Mó e estendiam-se ao longo do rio Mau. Constituiu a mais antiga concessão mineira portuguesa, registada com o número 1 e permitiu a exploração de um dos maiores jazigos mineiros da região de Aveiro.
A exploração das Minas do Braçal remonta ao período romano conforme pesquisas efetuadas por Carlos Ribeiro, em 1853. Em 1942, com a criação da sociedade Companhia Industrial e Agrícola do Braçal, que fica com a concessão, e recrutado um jovem diretor técnico, o Eng.º João Oliveira Vidal, que foi decisivo para a estratégia delineada para o novo período de exploração, das minas do Braçal, da Malhada e do Coval da Mó.
As minas do Braçal exploraram filões ricos em chumbo, zinco e prata, mas foi o chumbo o principal minério extraído. De 1949 a 1955, chegaram a trabalhar duramente neste complexo mineiro 742 operários em turnos de 8 horas. Era uma verdadeira empresa, no sentido moderno do termo, com várias equipas a laborar, com recurso a meios evoluídos para a época e para o contexto nacional. Era sem dúvida um trabalho duro e com riscos, mas até relativamente bem pago. Com a desvalorização da cotação do chumbo nos mercados internacionais, é ditado o fim da exploração no complexo mineiro, no ano de 1958. Num concelho marcadamente rural e sem outras opções, foi efetivamente um tempo difícil e a emigração pareceu uma solução natural para alcançar melhores condições de vida.